2013/01/03

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As Crônicas de Charn [Cap. I]

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Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
As Crônicas de Charn Apocalipse:
 —  A jornada injustiçada começa. [Capítulo I]

Alguns milênios atrás havia um mundo, para lá da pacata Londres e para cá da recente e extinta Nárnia, tão sombrio e elegante quanto seu nome: Charn. Construções de tamanho espantoso, recursos altamente industrializados e um ambiente violento onde tudo e todos são dominados por algo maior e destrutivo: a guerra. Um mundo em ruínas, com sede de sangue e fome por destruição. 

Com o chão recoberto de cadáveres, o lugar era campo para a mais insensata das guerras, o palco para uma batalha interminável e profunda entre a política e a feitiçaria. Interessadas no poder e domínio, ambas destruíam o próprio mundo, massacrando acordos e leis, fazendo da sociedade seus, desgraçados, servos. 

Crescia ali, na extrema e fria miséria, um órfão chamado Eli, um jovem inescrupuloso, em busca de vingança e a procura de condenar a verdade; um pobre menino que permitiu a desolação interior. Os falecidos pais do garoto traficavam armamentos para a divisão política de Charn, no entanto, em uma emboscada elaborada inteligentemente pela organização militar de magia negra, acabaram por ser esquartejados aos olhos de Eli. Certo de seu interesse e cego pelo rancor, o menino inicia uma jornada, talvez sem fim, a longínqua base oficial da D.O.P.S( Division of Pain and Spells), local onde são torturados até a morte os defensores e conectados às propostas políticas. 

Ora, num mundo repleto de caos, assassinatos e ambição, são poucos os que ousam arriscar, assim, Eli com certeza é um garoto corajoso. O jovem somente necessitava, agora, de algo para se locomover com rapidez: um cavalo. Porém, em Charn são poucos os cavalos, graças à desesperada procura pelo mamífero no dia em que foi anunciado o conflito nuclear no principal país. Logo, não é preciso dizer que todos os cavalos foram cruelmente mortos, assim como o próprio cavaleiro. Eli, que aprendera cavalgar com o pai, foi ágil: em instantes, o menino já dominava o cavalo de um guarda oficial que nem notara a presença e ação do garoto. 


A aventura de Eli começava e após cavalgar aproximadamente 400 metros, o jovem se viu em uma pequena vila, composta por algumas cabanas abandonadas. Algo extremamente diferente da metrópole com a qual se acostumará. No entanto, o que chamara atenção do garoto não era o ambiente em si, mas sim a maneira repugnante em que ele se encontrava. Diferentes membros do corpo, envolvidos por mosquitos, pendurados e enfileirados em uma sequência subliminar. Curioso, o jovem aproximou-se do “varal de esquartejo” e ao lado das “roupas”, encontrou um pequeno bilhete escrito à tinta vermelha:


“Como tais seres insignificantes ousam desafiar meu poder.
Como castigo, apodreceram pela eternidade.
Sirva-lhe de exemplo, ou contemple seus últimos instantes jorrando sangue, 
Jadis, Imperatriz do conselho de Feitiçaria e Ministra da D.O.P.S.”

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NOTA: A história tem como base a crônica "The Magician's Nephew" do escritor C.S.Lewis; nesta, o mundo Charn é citado.

Idealizado por Rodrigo Carvalho;
Escrito por Luis Henrique.

Enfim todos poderão ter "As Crônicas de Charn: Apocalipse" em mãos. Próximo ao término das postagens de capítulos aqui, Skandar Keynes BR, será publicado o livro desta renomada história. Aguardem novidades.

Todos os direitos reservados: Luis Henrique e Rodrigo Carvalho.
Qualquer tentativa de plágio do conteúdo, acarretará a rigorosas punições.

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